Medo de amar? Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar: medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar relacionamentos. Mas absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vértebras e a gente sabe por quê. O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável. Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto. Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade. E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro. Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia. Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim. Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos. Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo.
Wednesday, October 22, 2008
Today's the day I pray that we make it through Want to know who you are Want to know where to start I want to know what this means Want to know how to feel Want to know what is real I want to know everything, everything
Monday, October 20, 2008
Pode ser que o amor seja assim E o remédio seja esperar Pode ser que eu ria de mim Quando tudo isso acabar Antes que eu sinta mais saudades de você Quem sabe a gente não se encontra pela rua Ainda é cedo e tudo pode acontecer A chance é toda sua Pode ser seu jeito de olhar Um sorriso basta pra mim Faz o mundo inteiro parar Faz o coração dizer sim Pode ser que eu queira demais E você nem queira saber Pode ser que seja fugaz Mas eu quero estar com você
'cause ever since the minute I saw your face I knew I wanted to be in that place, next to you
Friday, October 17, 2008
and everytime I scratch my nails down someone else's back I hope you feel it.
Eu passei um tempo andando no escuro, Procurando não achar as respostas, Eu era a causa e a saída de tudo, E eu cavei como um túnel meu caminho de volta.
Tuesday, October 14, 2008
I gave you all I had to give, but I could never reach you
and for once it doesn't seem so tough. parabéns pela sua insignificância.