Friday, July 04, 2008

e não dá pra acelerar o processo? xD


A menina buscava paixões. Era fácil se encantar. Quem era o outro importava menos do que o seu desejo de não deixar o coração atrofiar. Era um coração brincalhão e alegre, que se alimentava de sentimentos intensos para bater forte. As frustrações foram revestindo seu coração de camadas. E aos poucos ela foi se defendendo contra sentimentos esbaforidos, que lhe tiravam o ar e faziam doer mais do que palpitar.

Um músculo como qualquer outro é o coração. Que para se fortalecer precisa ser mexido, fazer esforço para ficar tonalizado, definido e esbelto.

Não deixe que as frustrações o impeçam de bater como a menina lá de cima. Porque, por mais que doa, o exercício, a longo prazo, faz bem. Quando vira um hábito – não um vício pelo o qual se torna dependente – amar, se apaixonar, se encantar é a única coisa que mantém o órgão vivo. Por mais que doa. Por mais que seja sacrificante. Por mais que exija disciplina. Por mais que canse.

Uma hora ele aprende, quase que sozinho, a ficar em paz ao mesmo tempo que palpita. E aí, aí sim, se é feliz.

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