Friday, April 17, 2009


adeus você
eu hoje vou pro lado de lá
eu tô levando tudo de mim
que é pra não ter razão pra chorar
é tão bom, às vezes se perder
sem ter porque, sem ter razão
é um dom saber envaidecer por si
saber mudar de tom

Sunday, April 12, 2009

talvez essa facilidade que tens de atrair as pessoas seja o real motivo desse meu desespero por ti. mesmo quando não está afoito, é ainda desespero. e quanto eu já esperei para te esperar. para esperar a cura que é pega de surpresa toda vez que persegue esse coração prematuramente maduro... esse desespero acaba com meus dias - porque as noites são minhas. e se são minhas são tuas; meus sonhos estão repletos de ti. e de sonhos que minha mente contrói em cima das nuvens quando lembra teu nome. difícil dizer que habitas a terra. todos que te conhecem se encantam apesar de não te conhecerem, já que és tremendamente mutável; te adaptas com a habilidade de um felino a cada ambiente como convém.
essa habilidade, essa sim, tira meu sono. minha concentração. porque se assim és, só brincas com a minha percepção. eu sempre soube que a minha intuição não dava muito certo contigo. driblas de um jeito espantoso toda a minha certeza. é por isso que sempre deixas um gosto de quero mais e de até mais ver; quem sabe, um dia. coitados de nós eternos, incondicionais escravos de teus encantos.

Saturday, April 11, 2009

É tão difícil falar e dizer coisas que não podem ser ditas. É tão silencioso. Como traduzir o silêncio do encontro real entre nós dois? Dificílimo contar. Olhei pra você fixamente por instantes. Tais momentos são meu segredo. Houve o que se chama de comunhão perfeita. Eu chamo isto de estado agudo de felicidade. Eu chamo isso de estado agudo da falta que você me faz. O que seria o mesmo que dizer o quanto me faz feliz e aí me tira todo o preenchimento. Eu sei que vai durar, mesmo que não. Mesmo que suma. Esse silêncio vai perdurar. O meu segredo não pode ser contado nem pelas milhares de palavras que já escrevi e escreverei para você, mesmo que não as leia. Mesmo que pareça que se foi e outros olhos venham eventualmente à minha mente, os seus serão aqueles que tiraram meu fôlego. Que fizeram coisas banais serem extraordinárias. Que me entenderam sem eu ter que explicar. Essa complitude não existe em mais nenhum lugar. Você deveria ler tudo. Deveria sentir. Aí, sim.